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04/08/2022

O maravilhoso mundo das Mandalas: o círculo do poder


 

Nunca nenhum desenho simbólico teve uma dimensão tão abrangente como a mandala. Assim, um círculo solar que remonta ao Paleolítico foi descoberto na África - portanto, uma representação tão antiga quanto a espécie humana.

 

Além disso, encontramos essas figuras esféricas em quase todas as tradições espirituais: o xamanismo norte-americano, o hinduísmo, o budismo e até o cristianismo, onde as suntuosas rosetas nas catedrais são destinadas a captar luz para nos elevar ao divino. 

 

Trabalhar com mandalas é um excelente método usado pelos discípulos para disciplinar sua atenção. A escola budista Vajrayana se baseou fortemente nela através da arte sagrada da mandala de areia, representando tanto a ordem do mundo quanto o caminho para a iluminação e a natureza efêmera e fluida da existência terrena. 

 

Também podemos encontrar mandalas no mundo concreto: a forma do cérebro, o sistema solar... Uma flor? Uma célula? 

 

Livros para colorir, modelos, cursos de desenvolvimento pessoal, oficinas de arteterapia... Não é à toa que, em meio ao retorno à espiritualidade, essa figura emblemática do mundo interior reapareceu, como que sustentada pela força do inconsciente coletivo. 

 

Não esqueçamos que a história da mandala também é marcada pela psicologia: o psicanalista Carl Gustav Jung, que dedicou sua vida à reabilitação da alma como realidade e não como aparelho psíquico, estudou mandalas com admiração sem limites.


 

Como a Mandala é feita?

 

Por um lado, para trabalhar apenas meditando, você pode pegar mandalas pintadas diretamente e tudo o que você precisa fazer é refletir sobre elas. É bom focar nos tradicionais. Por outro lado, se você quiser "recentralizar" ou relaxar, é preferível trabalhar com mandalas pré-desenhadas, que você pode colorir. 

 

Se você começar da borda para o centro, é sinal de que tem trabalho a fazer consigo mesmo. E se você vai para a periferia, você ativa sua abertura para os outros e para o que é novo. Inicialmente, é importante escolher a mandala que pisca para você, seja de forma espontânea - porque você simplesmente gosta, ou de acordo com o tema que deseja focar. Depois, há as cores para escolher. 

 

É uma escolha pessoal que nos lembra que a partir da mesma mandala podemos ter resultados visuais muito diferentes. Você não precisa saber desenhar nada! Não se trata de estética, nem de replicar modelos.

 

Um círculo protetor

 

Para Jung, a mandala era uma excelente ferramenta de trabalho do "processo de individuação", através do qual nos transformamos internamente e nos tornamos seres inteiros, criativos. 

 

Ele também observou que em tempos de crise ou ansiedade o inconsciente pode nos empurrar para produzir mandalas na realidade (desenho) ou em sonhos, especialmente na forma de labirinto. Portanto, eles nos ajudam a identificar nossas preocupações emocionais. 

 

A força da mandala, segundo Jung, está em seu poder protetor: como no caso dos apanhadores de sonhos nativos americanos!, o círculo protege o espírito e o ajuda a ficar centrado, não a se dissipar.

 

As muitas formas geométricas que contém resumem aspectos da personalidade estruturados mais ou menos simetricamente e que apenas pedem ressonância e reconciliação entre si para iluminar a jornada para o eu.

 

No mesmo sentido, a criação de uma mandala, afirmam os psicoterapeutas, favorece o estado meditativo propício para ouvir nossa voz interior, descobrir a intuição e as mensagens que o eu nos envia. 

 

E a experiência é, na verdade, aparentemente, tão simples que poderíamos pensar que é reservada para crianças…


 

Mas, como Jung também afirmou, nossa criança interior é a mais capaz de nos ajudar a encontrar o caminho para a unidade, para a realização, para a perfeição.

 

Pegue alguns lápis de cor, respire devagar, feche um pouco os olhos e siga o processo de "centragem" em si mesmo através das mandalas que propomos.

 

Em seguida, medite nas palavras-chave que elas o inspiraram. Eles falam sobre você.